Tistu era um menino rico, que morava em uma mansão (Casa-que-brilha), em um lugar chamado Mirapólvora. Seus pais eram donos de uma fábrica de canhões – a maior do mundo.
Quando completou oito anos, ele foi para a escola, mas foi expulso no terceiro dia porque dormiu durante a aula. Seus pais, então, decidiram que estudaria fora da escola, observando a vida e tirando suas próprias conclusões. E já no primeiro dia dessa nova experiência, o garoto descobriu, com o jardineiro Bigode, que possuía um dom muito especial. Ele tinha o dedo verde, ou seja, onde ele tocasse, com seu pequeno polegar, surgiriam plantas, ramos e flores. Assim, Tistu decidiu modificar o mundo com seu dom, quando se deparou com a existência de injustiças, violências e infelicidades.
As ilustrações são um primor; simples, mas autênticas na missão de dar vida ao mundo através do olhos do pequeno Tistu. Jacqueline Duhême utilizou-se apenas de traços a nanquim e muita criatividade para compor os personagens e os cenários da obra.
O livro é de uma sensibilidade comovedora. A visão do de Tistu a respeito das questões chocantes da vida e, principalmente, sua inquietude e inconformismo diante dessas situações, faz a gente pensar no quanto o mundo seria mais feliz se tivéssemos um tantinho da inocência e da coragem do menino.
Sobre o autor:
Maurice Druon nasceu em Paris, em 1918, e morreu em 2009. Era escritor e decano da Academia Francesa de Letras.
Imagem de ISFDB.
Sobre a ilustradora: A francesa Jacqueline Duhême nasceu em 1927. É ilustradora e escritora.
Imagem de Babelio.
Curiosidades: - Dom Marcos Barbosa, tradutor do livro O Menino do Dedo Verde para o português foi o mesmo que traduziu, também para o português, o livro O Pequeno Príncipe. Ele era um monge beneditino.
- Maurice Druon tinha um bisavô brasileiro, chamado Odorico Mendes, que foi escritor, jornalista e político no Maranhão.
Trecho do livro:
“Porque as pessoas grandes, sobretudo de nariz grande, rugas na testa e cabelo no ouvido, estão sempre beijando as criancinhas de face macia e rosada. Eles dizem que as crianças gostam, e isto é outra das ideias que inventaram. Porque são eles, os grandes, que gostam, e as crianças de face macia e rosada são muito boazinhas em prestar-se a isso.”
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Fontes: