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Dica de livro: "Meus Escritos – Poesias de uma vida", de Evelyn Monique


Fascina-me a ideia de dar vozes ao silêncio. Histórias precisam ser contadas e eu decidi contar a minha...”

Catarse é uma palavra de origem grega (Katharsis) que significa limpeza. Acredita-se que esse termo foi cunhado pelo filósofo Aristóteles, na Grécia Antiga e, atualmente, é empregado nas mais diversas áreas humanas, como a medicina e a psicanálise, com o mesmo sentido de expurgação.

Trata-se do estado em que conseguimos a libertação psíquica ou a superação de algum trauma através de um processo específico como a simples observação de uma manifestação artística. Aristóteles chegou a esse conceito analisando o público das famosas tragédias gregas, onde, segundo ele, a purificação da alma acontecia quando a plateia era exposta às mais diversas emoções, liberando seus próprios “demônios” internos.

Até hoje, muito se fala sobre a catarse que pode ser conquistada através da arte, uma fonte de grande expressão humana, que reproduz do belo ao provocativo. Esse processo de liberação da psique pode tanto acontecer para o expectador, quanto para o autor de sua obra, onde podermos notar, além de seu estilo, traços de sua personalidade, visão de mundo, estado emocional, etc.

Alguns livros nos dão essa impressionante sensação de acesso à natureza autoral. Enquanto lia Meus Escritos – Poesias de uma vida, de Evelyn Monique, tive a impressão de alcançar a alma da autora, que expôs sua história, em uma atitude bastante corajosa e altruísta.

A obra é uma coletânea de poemas escritos de modo bastante singular. Além da beleza dos versos, adentramos por caminhos de sua psique que expõe verdades de forma assustadora. Seus poemas transbordam força e transmutação, sensibilizam e fazem refletir... São territórios distintos entre si, que merecem ser visitados com bastante contemplação.

Coragem define o cerne desta obra. Em um mundo espinhoso e cada vez mais indiferente, como é difícil expor as próprias dores, colocar-se a mercê dos olhares e julgamentos. O medo paralisa, a dúvida machuca, mas, ainda sim, não há sensação mais libertadora que a de apropriar-se de si mesmo.

Bravíssimo, Evelyn Monique!

Sobre a autora:

Evelyn Monique tem 24 anos, nasceu na Bahia e mora em São Paulo. É graduada em Gestão de Serviços Jurídicos pela Universidade Paulista. Publicou poesias no jornal Tribuna Liberal e participou das antologias: "Quando a escuridão bate à porta", pela editora Sinna, e "Basta", pela PVB Editorial. Organizou e participou da antologia "Café e Prosa", lançada pela editora Louisiana.




Trecho do livro: Todos nós temos um período de dilúvio. Durante algum tempo, a dor foi o único sentimento que experimentei. Eu era tempestade, todas as manhãs choviam dentro de mim. Por fora, as pessoas me conheciam por calmaria, por dentro, eu me perdia em furação”.

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